Hoje comemora-se pela primeira vez o Dia Mundial da Felicidade. Este tema da felicidade é-me muito querido e desde há muitos anos que tento aprender mais sobre essa temática. Sinto-me maravilhada pelo o fato de, no Butão ser utilizado um Índice de Felicidade para avaliar o desenvolvimento e por, na Islândia (um dos países mais felizes da Europa) a noite longa não ser fator que a afete negativamente.
E podia continuar e falar do homem mais feliz do mundo, Matthieu Ricard, o homem que “em estado contemplativo, (…) conseguiu um equilíbrio entre emoções jamais visto, com um claro desvio para as positivas, como o entusiasmo e a alegria, que anulavam as negativas, como o medo e a ansiedade”.
Foi precisamente um estado semelhante a esse que eu atingi hoje, talvez pela primeira vez na vida. O dia estava primaveril e o sono descansado conferiu-me a tranquilidade necessária. Apesar da ligeira ansiedade que sentia ao dirigir-me para uma Masterclass em Física das Partículas e do medo do desconhecimento do assunto, rapidamente o desvio para as emoções positivas aconteceu.
Entre quarks, eletrões, fotões e outras coisas terminadas em –ões, lá andei eu a analisar dados reais/eventos e a selecionar pares de partículas e a identificar fotões. A alegria em participar em tão importante tarefa e o entusiasmo por saber que poderia dar de caras com um bosão de Higgs foi sem dúvida um assomo inacreditável de felicidade.